O título desta crônica refere-se à canção do Eagles "Hotel California."
Desde que me entendo por professora de inglês, dou esta música a todos os meus alunos. Além de achá-la linda - um verdadeiro ícone de uma época - ela fala das agruras de um viciado tentando deixar as drogas. Quem foi meu aluno, já teve que passar por uma aula onde aprendeu esta música, e acho que ela deveria ser usada em salas de aula como tópico de discussão.
A letra começa : "Em uma estrada deserta e escura, vento frio nos cabelos, um cheiro quente de colitas subindo pelo ar..." e então o eu-lírico avista uma luz bruxuleante (uma solução para seus problemas?), e decide segui-la, e é quando é recebido no Hotel California (muitos creem que as iniciais H e C representa 'heroin' e 'cocaine' - heroína e cocaína). E segue: "Lá estava ela, à porta, ouvi o sino das missões, e eu estava pensando comigo mesmo: isto poderia ser o paraíso ou o inferno. Então ela acendeu uma vela e mostrou-me o caminho (uma alusão a quem o introduziu ao mundo das drogas).
Mas o mais chocante na letra da canção - a parte na qual eu sempre fico arrepiada - são os últimos versos:
"A última coisa da qual eu me lembro, é que eu estava correndo para a porta. Tinha que encontrar a passagem de volta para o lugar onde eu estava antes. "Relaxe, " disse o porteiro da noite, "Estamos programados para enganar. Você pode fazer o check-out a qualquer hora que desejar, mas jamais poderá sair." "
Nesta parte da música, a mensagem é que, não importa o que um ex-viciado faça, ele sempre terá de vigiar a si mesmo, para o resto da vida, pois qualquer recaída pode desencadear todo o processo novamente. Uma vez viciado, sempre viciado. E acho que este é um aspecto muito importante a ser considerado por qualquer um que esteja pensando em experimentar drogas ou álcool.