Ah, pobre pássaro afoito! Deixou-se seduzir pelo azul mortiço De um céu que era teto, E não infinito... daquele breve voo, Só restou a saudade, Pois um voo de liberdade, Não é feito só de asas!...
É preciso o vento, Passando entre as penas, E uma vontade firme Que una o pássaro ao voo. E que tudo se dê Em uma manhã serena, Culmine ao meio-dia, E sobreviva ao por do sol.
À noite, há de se ter um ninho, Que sirva de abrigo Até o momento certo, O do voo infinito...