Meu pretérito perfeito
Poderá ser imperfeito,
Direto ou indireto,
Mas mostra o que há no peito.
Os meus verbos eu conjugo
Na mais plena luz do dia,
Não são a face vazia
Que me emprestas, sem que eu peça.
O futuro que eu conjugo
Dependerá do presente,
Mas jamais há de ser feito
Sob o peso desse jugo
De quem me olha, e nem sente...
Pregas tua sabatina
De conjugação correta...
Fosse boa a intenção,
Não esconderias tanto
Essa tua larga testa
E esse teu olho incansável
Que me olha, e que me testa...