Na minha boca, não ponhas palavras,
Nem mordaças.
Não tente refrear-me a língua,
Ou calar a voz que perpassa
Teus tímpanos insensíveis.
Na minha boca, não te alimentes,
Nem sequer tentes,
Pois hei de destilar o veneno
Que há de matar essa coisa
Que se move nesse peito
Assaz pequeno.
Na minha boca, não vasculhes
A procura do que esperas
Que eu te diga, e que não quero...
Pois de ti, eu nada espero,
Nem sequer que tu me ouças,
Pois teu nome já calou-se
Há tempos
Na minha boca.