Me dê tua mão E eu te levo comigo, Pelas estradas sinuosas de meu pensamento, Por onde , a cada dia, eu invento Uma nova forma de sobreviver.
Te levo comigo aonde eu for, Não prometo nada, nem sequer, amor, Mas o que eu te der, Virá daquilo de mais verdadeiro Que há em mim.
Não tenhas medo, e venha comigo, Que eu te levo na próxima ventania (Embora não saiba se te trarei de volta, um dia), Mas se vieres, te juro, Que não hei de jurar-te nada... Diante de nós, só o céu e a estrada.
Te levo comigo, antes que seja tarde, Pois se pensares melhor, virá o medo, E acabarás ficando para trás, E a estrada que sigo, Será só um segredo Que tu não desvenderás nunca mais...
Te levo comigo, e se vieres, Juro que não te peço nada, Nem mesmo, que me esperes... Juro que ... não, não juro nada!