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As pupilas rolam pelas encostas,
Colhem um pouco da paisagem
E uma nesga de cada cor.
Depois, passeiam com as nuvens,
Pousam nas folhas das árvores,
E deixam-se levar pelo vento,
Indo cair na imensidão do oceano...
Onde afundam,
Recolhendo resquícios de plâncton,
Singrando ondas nas guelras dos peixes,
E depois, são lançadas com força para o ar
Pelo canto das baleias,
Vindo, de novo, parar
Sobre as íngremes encostas
De onde enxergam o futuro,
Suspiram pelo presente
E despedem-se do passado.
*
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 11/09/2012
Alterado em 12/09/2012