De quantas pessoas ou acontecimentos você sente saudades? De quais pessoas que o cercam você acha que sentiria saudades? De quantas pessoas você achava que sentiria saudades, caso elas se afastassem de você, e depois que se afastaram, você esqueceu-se delas rapidamente?
Estas perguntas determinam o real valor de seus relacionamentos. Ninguém sentirá saudades daqueles que o feriram, magoaram ou desprezaram. Ninguém sentirá saudades de quem não foi realmente importante. Quando lembramos com carinho de alguém que se foi, é porque esta pessoa foi/é importante em nossas vidas, nos proporcionando algo de bom, uma experiência positiva.
Portanto, a saudade é algo muito bom, pois ela ajuda a medir o quanto nossa vida valeu e tem valido a pena. É claro que não é saudável ficarmos agarrados às lembranças, esquecendo-nos de viver e de olhar em volta. Precisamos sempre estabelecer acontecimentos no presente que possam transformam-se, no futuro, em boas lembranças. A vida não é feita apenas do que vivemos no passado, mas principalmente, do que estamos vivendo, e como estamos vivendo.
Por esta razão, é muito importante que olhemos em volta e tentemos descobrir quem realmente é importante em nossas vidas, quem poderá estar ao nosso lado nos momentos mais difíceis, e quem são aqueles que, apesar de divertidos, simpáticos e alegres, estão fadados a desaparecer de nossas vidas, por se tratarem de relacionamentos superficiais. Estabelecer estas diferenças nem sempre é fácil, mas é possível. Basta observar com cuidado.
Especialmente quando somos muito jovens, temos a tendência a acreditar que todos que nos cercam são nossos verdadeiros amigos, até que, pouco a pouco, a vida vai nos ensinando a estabelecer diferenças e aguçar nosso senso crítico. Mas algumas pessoas jamais aprendem a estabelecer estas diferenças, e por isso, jogam fora seus verdadeiros amigos, cercando-se de relacionamentos superficiais, que são baseados apenas em interesses.
Existem amigos e amigos; amigos em quem confiamos e a quem contamos nossos segredos, amigos com quem vamos ao cinema ou nos divertimos, amigos permanentes e passageiros. Mas no futuro, é a nossa saudade deles que determinará quais tiveram real valor para nós.
Senso assim, não maldiga a saudade, pois ela nos ajudará, no futuro, a determinar o quanto o nosso viver valeu a pena.