A serenidade é um estado de espírito difícil de se alcançar, pois ela pode ser abalada a qualquer momento, quando não é acompanhada pelo equilíbrio. O que não falta no caminho, são as pedras. O que não falta, em qualquer contexto onde se viva e que haja gente, são pessoas infelizes, que se comprazem ao ver a queda do outro, e até aplaudem quando alguém está triste.
Triste não é perder; é não ter senso de humor para amparar-lhe nas horas difícies.
Triste, não é errar; é não ter coragem de admitir seu erro, e aprender através dele.
Triste, não é chorar; é rir quando o contexto não se apresenta adequado.
Deus me livre de ser maléfica. Deus me livre de ter um riso amarelo de escárnio toda vez que alguém cair perto de mim. Deus me livre daqueles que cismam em livrar-se de suas frustrações, devido ao seu pseudo-sucesso, através da diminuição sistemática e obessessiva daquilo que o outro cria.
Deus me livre de enxergar-me tão pouco, a ponto de construir à minha volta um mundo fantasioso onde eu sou o centro, o sol, enquanto as demais pessoas giram em volta de mim, como satélites. Que meu ego jamais seja maior que meu senso de ridículo, e que a minha necessidade de autoafirmação nunca pase longe do bom senso.
Principalmente, se um dia o sucesso chegar até mim, que ele seja verdadeiro e merecido, e não apenas a parca resposta obtida por uma alma mendicante de atenção e notoriedade.