Fala-me do quanto era lindo, e tão profundo
Aquele crepúsculo,
Que escondia fios de esperança
Ao final de cada dia!...
Fala-me dos sorrisos,
Das palavras de quem jamais desistia,
E mantinha-se firme, e acreditava,
Sem nunca crer que não seria!...
Fala-me daquela vontade de viver
Que nunca, jamais morria,
Da beleza engrandecida e suave
Daquela alma que nem notava que sofria!
Conta-me, mil vezes, a mesma história,
Pois eu preciso de motivos
Para crer que houve motivos!...
Fala-me então, da tua dor abstersa
Purificada através dos meus pobres versos
Que tentam reter, nas linhas, memórias
Do que ainda está - e sempre estará
Tão perto...