Nada sei do que se passa
Na tua casa,
Entre as paredes,
Não te conheço.
Assim,
Prefiro não especular,
Não criar verdades mentirosas,
Histórias escabrosas,
Ridículas suposições
Que só rebaixariam
A minha própria imagem,
Enfraquecendo minhas palavras.
Nada sei do que se passa
Na tua casa,
Ou com quem vives,
Se trabalhas, se matas
E escondes cadáveres na geladeira,
Ou se apenas rezas, de joelhos,
A vida inteira!
Nada sei, e nem desejo saber,
Nada tens a temer.