Rosa aberta no jardim,
Pétalas ainda úmidas, ainda frescas,
Cores derramadas ao sol,
Ao vento, à chuva, às abelhas,
Rosa entregue, rosa dedicada
Até que um dia, despetalada.
Mas é a sina de ser rosa,
De entregar-se plenamente,
De viver alegremente
Derramando cores e perfumes,
Pois só assim se é rosa,
Só assim se está vivo...
E se um besouro, por engano,
Rouba-lhe um pouco do perfume,
A rosa abre-se ainda mais,
Sabendo que amanhã pela manhã
Suas pétalas espalhadas no chão
Contarão a sua história.