Passarinho fez seu ninho
Num galho, à minha janela.
Acordo voyeur,
Vislumbro a dança dos bicos
De pequenos pássaros ainda despidos.
Formiga
Aplico o veneno no tronco,
E as formigas tombam,
Qual gotas negras e pesadas
Caindo de um céu hediondo!
Leve
Só o peso de uma palavra
E aquele momento teria ruído!
Um pequeno julgamento,
Um erguer de sobrancelha,
Um suspiro mais aflito,
E toda a magia teria sumido!
Prendi o fôlego, estanquei
Quando o colibri beijou o vidro!