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GOTAS DE CHUVA NO VIDRO
Olhos presos à janela
Mas sem enxergar a paisagem
Diante dos olhos dela.
Pinga uma gota no vidro,
E outra, e outra e mais outra...
O tamborilar a desperta
E os olhos chovem com elas...
Gotas de chuva no vidro
De uma vida já distante,
Nada será como antes,
Nada será como antes...
O vento assovia segredos
A ela, ininteligíveis...
Mas fica no peito o sentido
Daquilo que nunca foi dito...
E as gotas de chuva no vidro
Trazem risadas de um tempo
Que Não voltará a ser,
Não voltará a ser,
Pois o tempo, quando acaba,
Não deixa nada, a não ser
A voz do vento que sopra
E gotas de chuva a chover...
Imagem: Ana Bailune
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 05/11/2013
Alterado em 05/11/2013