O Senado aprovou nesta quarta feira a Lei da Palmada, que pune castigos que resultem em sofrimentos físicos em crianças.
Eu sempre entendi que a palmada, aplicada com a mão aberta pelos pais ou responsáveis, evitasse que a vida fechasse a mão ao atingir, com toda força, o rosto de um adulto.
Na minha infância, eu e meus irmãos levamos algumas palmadas. Não tínhamos idade para entender argumentos, e a única maneira que minha mãe encontrou para ensinar-nos a diferença entre certo e errado, foi através da palmada. Mais tarde, quando passamos a compreender conceitos e conselhos, as palmadas cessaram. E todos os pais procediam assim.
A diferença? Basta comparar a geração das crianças de antigamente com a geração das crianças de agora! Hoje em dia, elas não respeitam os professores, brigam na rua, praticam violência na escola, iniciam a vida sexual aos doze ou treze anos, drogam-se, embebedam-se, aprendem a desenvolver personalidades competitivas e superficiais.
Acredito que apanhei bem menos da vida por causa das palmadas que levei na infância. Nenhuma delas deixou-me marcada ou prejudicou-me fisicamente.
O que deve ser sempre combatido, é a violência física ou moral - que nada tem a ver com a palmada. Quando vejo o rumo que o mundo está tomando, a maneira como as crianças estão sendo educadas hoje em dia, com tantos privilégios exagerados e superproteção, eu dou graças a Deus por nunca ter sido mãe.
Entendo que esta lei significa que a autoridade dos pais sobre a educação de seus filhos está sendo revogada.
Uma criança crescerá sabendo que pode contestar a autoridade dos pais sem que haja consequências, pois estará protegida por lei.
Ao invés de criar leis contra a palmada, os políticos deveriam estar preocupados em criar leis que protegessem as crianças da violência urbana e do abandono, e proporcionassem alimentação e educação de qualidade para todas elas.