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DESESPERO
Na beirada de um penhasco,
Os pés hesitam;
Percorrem a barra escarpada
Mantendo os olhos fechados,
Sentindo as pedras do solo
E o perigo do abismo.
Um vento mais forte sopra
-Ah, o suicídio!...
Adrenalina nas veias,
E um medo prisco!
(Vontade de mergulhar
Ou de ser salvo?
De mirar, de atirar,
Ou de ser alvo?)
Caminho escorregadio
E perigoso,
Um espírito se arrisca
No chão lodoso...
Brinca de se equilibrar
Num precipício,
Será loucura, pavor
Ou será vício?
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 02/07/2014