Steve Jobs, o grande mágico da informática, disse certa vez que aqueles que não cometem erros, jamais aprendem o que precisam aprender. Graças a Deus, cometi e continuo cometendo muitos erros em minha vida, mas faço uma forcinha para que não caia no padrão da repetição. Porque errar é humano, mas persistir no erro, embora também seja uma atitude bastante humana, não é sensata.
Estou em uma fase da vida na qual a maioria das pessoas repensa suas atitudes, olhando para trás e tentando ver o que aprendeu; com certeza, este é um momento também de rever relacionamentos (cortar aqueles que não fazem mais sentido porque só trazem dor e aborrecimento, sem promover crescimento ou oferecer trocas), escolher novos caminhos e determinar onde desejamos estar daqui a dez, quinze ou vinte anos. Acho que as mudanças de década são muito importantes na vida da gente, e como estarei mudando de década em dois anos, há muita coisa acontecendo.
Tenho refeito escolhas, mudado hábitos, procurado olhar para as coisas que acontecem com uma atitude mais filosófica, sem transformar cada acontecimento ruim em uma tragédia pessoal “que só acontece comigo”. A vida fica bem melhor assim. Se conseguimos erguer a cabeça em meio ao caos e escutar o canto dos passarinhos, tudo parece fazer mais sentido. Percebemos que existe uma ordem neste estado que chamamos caos, afinal de contas.
Tenho lido os livros certos – que tem chegado às minhas mãos através de algumas coincidências que, acredito, sejam na verdade providência do universo. Também tenho escutado de diferentes pessoas (algumas que nem sequer conhecem umas às outras) as mesmas mensagens – dizem que quando a vida quer que a escutemos, ela manda muitos mensageiros. Bem, e é verdade.
Continuarei cometendo muitos erros, graças a Deus, e aprendendo o que for preciso através deles. Entendo a busca pela perfeição como uma quimera, e para mim, tentar demonstrar perfeição e impecabilidade é sinal de imaturidade e autoengano.
Para mim, o que dizem ou pensam a meu respeito neste momento de tantas mudanças é o que menos importa, e não perderei um minuto sequer respondendo a tais coisas. Cada um diz o que quer e acredita naquilo que lhe convém, e quem dá ouvidos a calúnias não merece resposta. Aquela que me aponta está perdendo uma oportunidade importantíssima de olhar para sua própria vida e analisar seus próprios questionamentos, e este tempo jogado fora não voltará; ficará perdido para sempre.
Quero aproveitar bem o meu, pois eu entendi que lá na frente, quando eu olhar para trás, o que terá importância será o quanto eu fui feliz, o quanto eu aprendi, e não o quanto eu me aborreci prestando atenção a coisas e pessoas sem importância e reações alheias à minha vida.
No topo do mundo ou no fundo do poço, um tolo será sempre um tolo.