Partilhei na minha página do Facebook uma publicação de Álvaro Garnero – de quem sou admiradora incondicional – na qual ele pedia que as pessoas definissem, em uma só palavra, como foi o ano de 2015 para cada uma delas. Eis alguns dos resultados:
Até agora (27/12/2015, 6:50 da manhã) foram mais de 30 respostas. A maioria delas, positiva. Algumas das pessoas que deixaram palavras negativas, o fizeram por motivos que conheço muito bem: perdas familiares, dificuldades financeiras, decepções. São coisas que fazem parte da vida da gente, e das quais ninguém escapa.
Compreendo-as muito bem, pois lembro-me da pior fase de minha vida, que deu-se entre os anos de 2011 e 2012, durante a qual sofri muitas perdas, decepções, desilusões, separações e como se já não tivesse bastante com o que lidar, tive que suportar ataques virtuais de pessoas que regozijavam-se com tudo de ruim que estava me acontecendo. Pessoas assim não sabem que desejar o mal aos outros somente as cerca de energias negativas e pesadas, tornando seu ambiente cada vez mais escuro – assim como suas almas. Naquela época, um colega do Recanto, Yamanú, me deu uma bronca que me sacudiu bastante; ele me disse: “Não entendo porque você cisma em visitar a página dessas pessoas horrorosas ao invés de visitar as páginas das pessoas amigas que te fazem bem!” Mas eu estava cega, e devido àqueles ataques, saí do Recanto e abri meu primeiro blog. E tive uma grande surpresa ao constatar que as pessoas que visitavam minha página no Recanto, passaram a visitar-me em meu blog, e que houve até um movimento encabeçado por Marcelo Braga, Yamanú e Cássia da Rovare (In Memoriam) para que eu voltasse. Foi muito importante sentir-me querida, e ter o apoio daquelas pessoas que “assinaram” as páginas nas quais eles fizeram os apelos – e foi muita gente! Agradeço de coração a todas elas. Dali, surgiu a escrivaninha Cavaleiros do Apocalipse, que ainda está por aqui.
Bem, se aqueles foram anos difíceis para mim, se eu parar para pensar melhor, houve coisas boas também, e daquilo que foi ruim, a palavra que ficou foi APRENDIZADO.
Mas voltando à publicação que fiz no Facebook, uma das palavras deixadas em minha página chamou muito a minha atenção, e foi justamente a de alguém de quem gosto muito, e que me ajudou muito na minha profissão: a minha professora de preparatório, Chris Dupont. A palavra que ela escolheu para definir 2015 foi: “GRATIDÃO.” E ela foi a única a escolher esta palavra até agora. Isso me fez refletir o quanto nós temos tendência a reclamar, focar no que é ruim, fazer escolhas que nos levam à tristeza. Poucas vezes nos lembramos de simplesmente agradecer. E basta olhar em volta para ver que temos muitos motivos!
Assim, faço minha a palavra que ela escolheu: GRATIDÃO. Porque 2015 foi um ano no qual trabalhei muito, aprendi muito, adquiri muitas coisas que eu desejava, tive saúde, fiz novos amigos, tive a chance de ler livros maravilhosos, abri um novo blog (já são seis!), enfim, o saldo foi mais que positivo. E o melhor de tudo, é que pude chegar até o final deste ano sabendo que não fiz mal a pessoa alguma, não desejei nada de ruim a ninguém e todas as minhas vitórias foram legítimas, fruto do meu trabalho e do reconhecimento verdadeiro das pessoas.
E para você: qual foi a sua palavra mais importante em 2015? Vamos fazer esta reflexão?
Espero que em 2016 todos possamos estar aqui novamente, partilhando nossas experiências, enriquecendo uns aos outros com nossas palavras, lembrando-nos sempre de agradecer por tudo que nos acontece, mesmo que seja ruim, pois fica a experiência de vida, e que possamos também incentivarmos uns aos outros, respeitarmos uns aos outros e aplaudirmos uns aos outros, pois a vida só tem graça se a maioria das pessoas forem felizes. Eu quero que todos sejamos genuinamente felizes no próximo ano.