Se você for pensar na vida de forma prática, clara e objetiva, sentirá como se a vida fosse feita de uma série de coincidências, eventos aleatórios que não tem sentido e não estão interligados: as coisas acontecem porque tem que acontecer, e não há nada que possamos fazer a respeito desta (des)ordem.
Mas se você pensar melhor – e nem basta ir longe demais: é só pensar na sua própria vida – sentirá que muitas vezes, alguma coisa a mais aconteceu: de repente, você sentiu uma inspiração, algo totalmente fora do comum e sem explicação, a fim de agir desta ou daquela forma. E este pensar o conduziu em direções inesperadas, onde as portas pareceram abrir-se magicamente, levando-o a outros caminhos interessantes. Pode ser que uma simples decisão baseada naquilo que alguns chamam de intuição o tenha livrado de algum perigo. Você decidiu não seguir por aquela rua, e mais tarde, ficou sabendo de um grave acidente que aconteceu por ali, exatamente na hora em que você iria passar por ela.
Há coisas que não se explicam. A gente simplesmente as aceita e dá graças por elas existirem. Se chamamos esses eventos de fé, de mágica da vida, coincidência ou simplesmente de sorte, não podemos negar que eles acontecem. E quanto mais os escutamos, quanto mais confiamos nessa força desconhecida que permeia a todos os seres viventes, essa fita que enlaça, prende, segura, e une cada evento da vida, mais frequentemente ela – a intuição - passa a acontecer, pelo simples fato de estarmos prestando atenção.