As pessoas reclamam do clima pesado que exerce pressão sobre o país; falam mal de políticos corruptos, enquanto lamentam e se arrastam sobre o solo lamacento dessa Geena na qual vivem, apontando este ou aquele, criando bodes expiatórios para os pecados (seus) e do mundo, sem nem sequer atentarem ao que elas próprias andam fazendo.
As pessoas santificam a si próprias, ao ponto de chamarem a si mesmas de ‘espíritos iluminados’ ou ‘seres de luz’, enquanto criam grupos e compartilham nas redes sociais vídeos de crianças sendo maltratadas, animais sendo torturados e, pasmem, páginas de magia negra com ‘feitiços’ ensinando a separar casais, fazer amarrações e destruir a vida alheia. E elas nos adicionam a estas páginas sem a nossa permissão, e tais páginas têm muitos seguidores (a maioria, lamentavelmente, de mulheres).
Ao ver coisas assim, eu fico me perguntando o que essas pessoas acham de si mesmas. Será que elas não enxergam que estão contribuindo para que o mal se espalhe no mundo e triunfe entre as pessoas? Não entendem que estão sendo usadas como canalizadoras deste mal, contribuindo com a infelicidade não apenas do seu próximo, mas delas próprias?
Acho um absurdo essas pessoas que se prestam a esses papéis, enquanto reclamam que suas vidas estão indo mal. E a mais absurda de todas as coisas, é que elas pensam que tentando destruir a vida alheia, serão felizes e triunfarão. Passam horas preciosas de seus dias conjurando ‘feitiços’ para fazer pessoas perderem seus empregos, se separarem de seus cônjuges, adoecerem e até morrerem. Sequer conhecem o verdadeiro princípio da magia, que segundo Eliphas Levy afirmava, consiste neste pensamento: “Aquilo que você abraça no oculto o abraça de volta.”
AQUILO QUE VOCÊ ABRAÇA NO OCULTO O ABRAÇA DE VOLTA.
Eu sinto um enorme desprezo por essas pessoas. Apenas a passagem acidental delas pelas nossas vidas deixa um cheiro nauseabundo de maldade e sintomas físicos como cansaço e dores de cabeça. Mas suas ações deixam nelas mesmas um carma ruim que terão que pagar mais cedo ou mais tarde.
Se eu pudesse dar um conselho a tais pessoas, ele seria: aproveitem seu tempo para fazerem por si mesmas algo de bom e edificante; estudem, façam um curso profissionalizante, elevem sua auto estima, tentem se alegrar pela felicidade alheia desejando o bem ao seu próximo, ao invés de acharem que têm direito à felicidade roubando-a daqueles que são felizes. Descubram seus dons verdadeiros, seu caminho verdadeiro, e o amor as alcançará, um amor verdadeiro e duradouro que é seu por direito, e assim nunca mais precisarão sentir inveja de ninguém.
Se tais ‘feitiços’ realmente têm poder sobre quem vocês os jogam, eu não sei dizer, mas com certeza eles exercem um enorme poder sobre a infelicidade de vocês, contribuindo para que levem essa vida pequena, triste e cheia de frustrações.