Das mãos entreabertas, caíam as sementes no solo, vagarosamente espalhando-se em uma longa e fina fileira. Muitas caíam sobre as pedras que ladeavam o passeio, e outras, seriam levadas pelo vento ou pelos bicos dos pássaros e replantadas em lugares inimagináveis. Algumas - a minoria - germinaria, e outras não. Mesmo entre as que germinassem, nem todas cresceriam e se tornariam plantas adultas. Das que se tornassem plantas adultas, algumas não sobreviveriam, sendo dizimadas por raios, secas, tempestades ou pelos machados e motosserras dos homens.
Eu observava as sementes que caíam daquelas mãos, enquanto soprava uma prece silenciosa a Deus, para que as protegesse, mesmo sabendo que nem todas as preces seriam atendidas.