E tudo começou de novo,
O fim do mundo,
Os ponteiros do relógio que marcam
Dois minutos apenas
Para a meia-noite.
Tragédias, assaltos, doenças,
Partilhas funestas e tristes,
-Quero sair deste corredor,
Onde tudo o que existe é a dor!
Preciso de um pouco de ar,
Preciso de letras amenas,
Preciso, quem sabe, de alguns poemas...
Abro as janelas do lado leste,
E deixo que entre a luz do sol,
Nascendo, em raios que se espalham em leque
Cobrindo de arco-íris o chão da sala!
Quero saber de pássaros, de árvores, de verde,
Pelo amor de Deus, que me mandem
Boas notícias
-Mas que sejam verdadeiras!
Porque o mundo, meu amigo, o mundo,
Ainda vale a pena, em algum lugar,
Ainda existe alguma coisa que preste,
E esse lugar, é quando eu fecho as janelas ao sul
E abro as janelas ao leste.
Não, eu não quero tudo de novo!
Eu quero tudo novo!