EXPRESSÃO DA MINHA ALMA
Tudo aqui é sobre mim.
Textos


UM SONHO MUITO ESTRANHO


Frequentemente, tenho sonhos estranhos que mais tarde se mostram muito significativos. Vou escrever sobre um sonho que tive na noite retrasada. Ainda não sei o que ele significa, porém.
Eu estava em uma espécie de galpão onde havia muitas coisas velhas. Era a casa de um homem indiano. Ele era um pouco feinho, franzino, a pele olivada comum aos indianos, e de repente, ele começou a tirar a roupa. Não havia no sonho nenhuma conotação sexual. Eu me senti desconfortável, mas por algum motivo, não tentei ir embora. No galpão, que era a casa dele, só havia nós dois. Olhei seu corpo franzino e feio, me perguntando o que ele queria com aquilo, e pensando que fosse o que fosse, não contaria comigo.
 
Ele começou  a rir ao perceber meu pensamento, e disse: "Fique tranquila! Não quero nada com você também." E dizendo aquilo, me jogou um chocalho redondo, uma espécie de instrumento musical. Ele tocava uma cítara e cantava um mantra em sânscrito do qual não me lembro, mas no sonho, eu cantava junto com ele, balançando o chocalho e dançando. 
 
Me lembro que o lugar era feio e meio sujo, e eu não gosto de lugares assim. Mas a gente cantava e dançava, e a noite passou toda assim. 
 
De manhã, quando eu me preparava para sair, ele me disse: "É preciso celebrar a vida!" Me despedi dele e saí para a rua; ainda era madrugada. De repente, avisto um grupo de pessoas vindo pela calçada, e identifico entre elas duas de minhas irmãs. Ambas pareciam muito mais jovens do que são hoje. Me espantei, e disse para uma delas: "Que legal! Que ano é esse?" Ela me respondeu: "1974." Juntei-me ao grupo e me sentia muito renovada e feliz. 
 
Que sonho estranho esse... tenho certeza de que ele tem um significado forte, e ainda saberei qual é. 
 
No meu novo livro, UM MERGULHO PROFUNDO (disponível na amazon.com.br) eu abro as crônicas contando sobre um outro sonho que tive quando estava em Portugal, logo antes do lockdown ser decretado. Transcrevo-o aqui, e o que aconteceu depois dele:
 
 
No nosso penúltimo dia de viagem, na noite de sexta para sábado, eu tive um sonho estranho: eu estava de pé, ao lado de um médium incorporado que dava consultas espirituais e abençoava uma fila de pessoas soprando a fumaça de um charuto sobre elas. Desconfiada, eu ficava só olhando de longe, pois não me sentia muito à vontade, até que ele me encarou, fazendo sinal para que eu me aproximasse. Naquele momento, ao olhar para ele, enxerguei a figura de uma cigana. Hesitei, mas ela insistiu, e eu me aproximei. Após a benzedura soprando fumaça, durante o qual permaneci com uma sensação de pura estranheza e embaraço, a cigana segurou-me pelos ombros e me fez olha-la de frente, perguntando: “Você quer saber de alguma coisa? ” Fiquei ainda mais constrangida, pois não conseguia pensar em nada que eu quisesse perguntar a ela. Como se nos restasse pouco tempo, ela de repente declarou: “Tudo bem; você vai passar por dificuldades a partir de domingo, mas vai ficar tudo bem. Não se preocupe; você estará segura. ”
No dia seguinte, contei o sonho aos meus amigos e ao meu marido, e eles ficaram quase tão intrigados quanto eu.
Na noite de sábado tomamos o voo de volta para o Brasil. Lembrei-me muito do meu sonho com a cigana durante a madrugada de sábado para domingo, pois houve muita turbulência e acabei me sentindo muito mal a viagem toda. Estava muito enjoada e inquieta. Ao chegarmos  ao Brasil, a pessoa que tinha marcado de nos buscar no aeroporto não apareceu. Eu ainda estava bastante enjoada, além de exausta após uma noite inteira sem dormir, chacoalhando no avião. Ficamos mais de uma hora esperando, sem conseguir entrar em contato com ele por telefone ou aplicativo, até que finalmente tomamos um táxi para casa. Mais uma vez, lembrei-me das advertências da cigana.
Mas ao chegarmos em casa, as advertências da cigana foram finalmente coroadas de êxito: ligamos para um casal de amigos a fim de marcarmos uma pequena reunião em sua casa para entregar-lhes algumas lembranças de viagem que trouxéramos para eles, mas eles, em pânico, disseram que ficássemos onde estávamos; era melhor que não nos víssemos durante algum tempo, já que tínhamos acabado de retornar da Europa, onde o vírus assolava a Itália e já começava a se espalhar por outros países. Nos sentimos muito mal com a reação deles, mas poucos dias depois, a quarentena foi estipulada no Brasil. 


 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 30/07/2020
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