EXPRESSÃO DA MINHA ALMA
Tudo aqui é sobre mim.
Textos
SETE MINUTOS DEPOIS DA MEIA-NOITE
Título original:  A MONSTER CALLS
Autor: Patrick Ness
O filme homônimo foi estrelado por Lewis MacDougall, Sigourney Weaver, Felicity Jones, Toby Kebbell e Liam Neeson.
 
Conor O'Malley (Lewis MacDougall) é um menino de 12 anos de idade que está em uma péssima fase de sua vida, na qual enfrenta, ao mesmo tempo, a péssima performance na escola associada ao bullying que vem sofrendo, à ausência do pai, ao mal relacionamento com a avó e à deterioração da saúde da mãe, acometida por um câncer em fase terminal.
O’Malley precisa amadurecer muito rapidamente, tomando para si responsabilidades que deveriam ser assumidas por adultos, como cozinhar, cuidar da casa e ajudar a mãe doente, até que sua avó – mãe de sua mãe – vem para ajudar. Porém, a presença autoritária da avó causa ainda mais conflitos, e a chegada do pai, que vive nos Estados Unidos com sua nova família, também não parece ajudar.
É quando um monstro enorme, surgido na forma de uma velha árvore que está plantada no terreno da igreja nos fundos de sua casa,  aparece para ele, e promete contar ao menino três histórias, dizendo-lhe que ao final da terceira, o menino terá que contar a sua própria história e revelar a sua verdade.
A história é magnífica, inesperada, tocante, comovente e reveladora. Esteja preparado para derramar muitas lágrimas e reviver muitas de suas próprias histórias.

FIM DA RESENHA

 



 
-Minha opinião pessoal sobre a história-
 
Eu me senti representada pelo O’Malley da história, pois lembrei de mim mesma quando passei pela perda de minha mãe. As muitas idas ao hospital, as muitas semanas de noites mal-dormidas ao lado dela, sentada em uma cadeira, observando seu sofrimento e esperando que ela melhorasse – ou, a terrível verdade, que algo acontecesse e mudasse a situação – me levaram a me sentir totalmente identificada com o menino da história, o que me causou a catarse final que eu precisava para me libertar dos meus próprios monstros, mesmo oito anos após a morte de minha mãe.

Do lado de fora do hospital, as coisas também iam de mal a pior, e ir para casa de manhã, sendo substituída por uma de minhas irmãs, não me trazia nenhum alívio.

A história me ajudou a entender que todos temos monstros dentro de nós que precisam ser encarados e ouvidos a fim de que aprendamos que, afinal, somos todos muito parecidos em nossos dramas e perdas, e que aquilo que consideramos monstruoso dentro da gente, na verdade, é apenas o nosso lado humano. Olhar para esse lado não é fácil, e entende-lo, muito menos; mas quando finalmente fazemos isso, sentimos um alívio enorme, pois compreendemos que é normal chorar, é normal não aguentar tudo que acontece e enlouquecer de vez em quando, e acima de tudo, é normal desejar o fim do próprio sofrimento.

E é normal não tentar ser um super-humano que aguenta tudo sozinho e que sente vontade de mandar para o inferno todos aqueles que pensam que é nossa obrigação carregar seus problemas para eles – e manda-los para o inferno de fato, sem sentir culpa. Sete Minutos Depois da Meia-Noite é uma história e tanto. A história que eu gostaria de ter escrito, e confesso que eu tinha material para cria-la.


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 08/08/2020
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