JUST A JEALOUS GUY
Ninguém pode negar o talento de John Lennon e a importância da passagem dos Beatles pelo planeta Terra. Porém, quem se aprofundar um pouco mais, saberá que Lennon não era apenas um cara ciumento que perdia o controle ocasionalmente e machucava suas companheiras, como ele dizia na canção Jealous Guy.
Sabe-se que Lennon era orgulhoso, viciado em drogas, beberrão, brigão (certa vez, segundo sua biografia, ele destruiu um pub em Londres durante uma briga) e agredia as suas mulheres. Durante muito tempo, escondeu seu casamento com sua primeira esposa Cynthia e depois a traiu publicamente com a japonesa. Após deixar Cynthia e seu filho Julian, Lennon o negligenciou durante anos. O próprio Julian, em um depoimento, disse que ao visitar Lennon em seu apartamento no edifício Dakota em Nova Iorque, sentia-se desprezado e era constantemente ignorado pelo pai e por Yoko Ono, que segundo ele, vendeu a maioria dos objetos do pai após sua morte, sem consultá-lo.
O homem que afirmou ser mais famoso que Jesus Cristo e que pregou a paz em sua ‘bed peace’ durante a lua-de-mel com Yoko em um hotel luxuoso, não a trazia consigo na vida real. Ele mesmo não era caridoso, não tentava dar uma chance à paz e não parecia ser uma pessoa feliz e bem resolvida, apesar da fama e do dinheiro.
Mas a gente segue tentando separar os autores das suas obras e tentando fazer vista grossa às suas hipocrisias. Afinal, a arte pode se manifestar em sua forma mais pura através dos maiores canalhas, sem se arranhar na hipocrisia de seus supostos autores.