VERBO
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Teus verbos hoje
Estão todos no passado.
Pegadas se apagam,
Mas existe tua voz
Em cada canto,
E quando eu passo,
As cortinas dançam,
Me enlaçam
Imitando o teu abraço.
À noite,
Te ouço na conversa dos grilos,
E te reecontro
No brilho fosco da lua
Dissolvido na névoa
Que cobre as montanhas,
E ao abrir dos meus olhos
No sonâmbulo silêncio
Da madrugada,
Eu olho o travesseiro,
E não entendo
Como podes ainda ser tanto,
Já não sendo.
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De
AMOR ETERNO
Vendo na memória de tempos idos,
Em minha mente continuas presente,
Como se jamais houvesse partido,
Para viver comigo, eternamente...
E sempre que quero vê-la,
Basta olhar pras estrelas,
Que teu amor refletido,
Declama versos inclusive,
Vendo na memória de tempos idos,
Em meus pensamentos ainda vives...
(Redonde dualmétric)
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