DOR
Dos teus olhos, lágrimas.
Da tua boca, magma.
Algo a se quebrar
No teu diafragma.
Na palavra, lástima
Devagar, se alastra...
Sobre a pele pálida
Tua dor é vasta.
Cálido querer
Aos poucos, se arrasta
Ganha a rua, e quer
Se banhar de sol.
E no arrebol,
Vida a renascer...
Tecitura fina
(Ainda transparente)
De uma nova rima.