EXPRESSÃO DA MINHA ALMA
Tudo aqui é sobre mim.
Textos

Flor Miserável 

 

Um jardim não morre de repente,

Ele cede às pragas mal curadas

Que se alastram, plantas não aguadas,

Murcham mudas antes de crescerem.

 

Um jardim sem sol, sem luz, sem nada,

Morre aos poucos quando tudo falta,

Ou quando a roseira magoada

Crava espinhos na mão que a trata.

 

E o jardineiro tenta, e tenta,

Revolver a terra, replantar,

Reinventa jeitos de irrigar

Mas as pragas cismam em voltar.

 

Um jardim não morre assim, do nada,

Mas quando as sementes replantadas

Só fazem brotar o que enseja 

A flor miserável da inveja.

 

 

 

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 10/03/2024
Comentários
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Antonio C Almeida
Sabemos que o caos é a ordem das coisas. Sabemos que devemos colocar ordem no caos. Mas é uma tarefa dura, diária talvez a cada hora, minuto, segundos devemos estar atentos no olhar. Vezes, pelas estradas da vida, olhamos uma casa e chegamos à conclusão que ela está abandonada – Um olhar adestrado para visualizar a ordem. Entretanto essa casa não está abandonada, está tomada pelo caos. Sempre existirão os dois caminhos, a ordem trabalhosa e o caos oportunista ... Lindo poema ... Sempre é bom ler seus escritos ...
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Antenor Rosalino
O fim de um jardim florido entriste a natureza, Ana Bailune, mas felizmente temos o recurso de replantar sementes e assim, renovar expectativas no afã de maior proteção das flores belas. Meu carinho e meus aplausos.
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Edimar Luz
Linda poesia. Parabéns, nobre poetisa Ana! Boa noite e uma semana abençoada para todos nós! Abraços poéticos. P.S. Convido-te a ouvir as minhas últimas canções publicadas aqui no Recanto das Letras. Grato!
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