Algumas pessoas silenciosamente competem com outras, sem que estas o saibam. E tais pessoas nem desconfiam o quanto perdem tempo desejando o que não nasceram para ter e querendo ser o que não nasceram para ser. Daqui do meu ponto de observação, eu vejo o quão óbvio suas investidas se tornam ridículas; é como um cão tentando ter a vida de um pássaro, quando cada um pode ter a sua própria vida e ser feliz dentro daquilo que nasceu para ser.
Uns voam, outros caminham; uns nadam, outros correm. Mas todos se movimentam em direção ao mesmo lugar, ou seja, a evolução. E esse desejar ter o que é do outro e ser como o outro, atrasa não apenas o caminho daquele que sofre tais influências, mas principalmente, o caminho daqueles que dirigem tais energias aos outros.
Quando eu foco no meu próprio caminho e cuido do meu próprio jardim, tudo tende a crescer. Mesmo que seja devagar, é impossível não se ir para frente quando se está focado e determinado, quando a própria energia é empregada para crescer e construir, ao invés de destruir.
E tenho observado que eles nem percebem como errado aquilo que estão tentando fazer. Acham que, se o outro perdesse, eles poderiam, finalmente, ganhar. Competem sozinhos por uma vitória impossível em uma batalha que só existe dentro de suas cabeças, ao invés de respirarem fundo e enxergarem o que têm às mãos que os possa fazer felizes, e como poderiam conquistar sonhos legítimos, que são para eles.
Tais pessoas vão se tornando cada vez mais falsas em seus relacionamentos, cada vez mais pesadas e tristes. Tornam-se ingratas e amargas, e enxergam como esmola todo o bem que alguém tenta lhes fazer.