ESTRANHEZA
Eu sou de outro país,
De outra época, há muitos anos,
Milênios, talvez.
Não sei quem me fez,
Mas jamais me esqueci
De quem me desfez.
Eu venho de alguma galáxia
Muito distante,
Não tem alguém que a alcance,
Ou alguém que fale a minha língua
Ou cure a minha íngua.
Quem me olha, nem percebe
Que eu já não estou,
Que eu fui embora
Há muito tempo,
Sou uma folha verde que caiu mais cedo
Derrubada pelo vento.