SONHO 1 - Há três dias
No dia 11 de janeiro sonhei que eu e meu marido estávamos participando de uma festa de rua, onde havia muitas pessoas. De repente, ele disse que ia comprar sorvete para todo mundo, mas acabou esquecendo do meu. Comecei a chorar feito criança.
Meu marido sumiu junto com as pessoas do nosso grupo e eu me perdi deles.
Daí,passei a procurar por minha bolsa, que havia deixado em um canto junto com as bolsas de outras pessoas, mas ela tinha desaparecido; eu estava sem dinheiro, cartões de crédito e documentos! Eu comecei a correr em volta e a indagar a todo mundo pela minha bolsa, mas ninguém nem me olhava ou me dava atenção. Eu estava me sentindo desesperada, tanto por ter perdido a minha bolsa quanto por parecer invisível. Já estava escurecendo, e eu não sabia como ia fazer para voltar para casa, já que estava sozinha e sem dinheiro.
Acordei muito zangada, irritada e triste. Custei a me livrar da sensação que o sonho deixou.
SONHO 2
Sonhei que viajava com um grupo de pessoas desconhecidas por um país estrangeiro. Elas mesmas também eram turistas de várias partes do mundo, e tínhamos em comum a língua inglesa. Eu precisava pagar um trem junto com elas e entrei na fila, sendo a última a ser atendida pelo bilheteiro.
De repente, olhei ao longe e vi o trem chegando, e o bilheteiro me disse para correr, ou acabaria ficando para trás. Eu corri, mas o trem se afastou e acabei perdendo-o. Quando notei, eu estivera correndo atrás do trem errado, e por isso, perdi o trem certo. Me perdi do grupo.
Fiquei andando por uma cidade medieval, e só sabia o nome de um dos componentes do grupo - era Jean - e comecei a gritar o nome dele. Eu andava entre ruelas e castelos de pedra, gritando "Jean! Jean!" mas não era ouvida e não via sinal do meu grupo. Já estava começando a escurecer. Eu estava com medo, pois estava em um país estrangeiro, e sozinha. Eu andava por ruas estreitas, sinuosas e desertas, e as paredes de pedra, tão altas, me davam uma sensação de opressão.
Foi quando avistei meu grupo e me juntei a eles, mas percebi que eles nem tinham dado falta de mim. Me senti muito sozinha e insegura.
Análise
Nos dois sonhos, estou entre muitas pessoas, e perdi alguma coisa: meu marido, a bolsa, o trem, o sorvete e o grupo de pessoas. Está anoitecendo em ambas as situações.
Acho que os sonhos estão associados, e têm uma mensagem clara:
Devo prestar mais atenção em volta, às coisas e pessoas que valorizo. Talvez elas não sejam as certas. Ou talvez até sejam, mas minha identidade está sufocada entre elas.
Também devo tomar muito cuidado com perdas. Quem sabe eu esteja gastando demais? Com certreza estou... mas os sonhos falam de insegurança. preciso crescer espiritualmente e me situar no mundo, tornar-me mais independente e deixar de ter medo de algumas situações. É uma mensagem para que eu tenha mais autoconfiança, confie mais em mim e nas minhas capacidades. Quando se está sozinho, perdido e sem dinheiro, pode-se ir a qualquer lugar. Mil caminhos se abrem sob os nossos pés.
Associo os dois sonhos ao arquétipo de O Louco, do tarôt. Alguém que está diante de novos caminhos, sem bagagens ou destinos certos, e que pode chegar aonde quiser, basta dar um passo. mas até mesmo para quem não tem um caminho, é preciso cautela e cuidado para não cair no abismo.
Sonho - Eu estava caminhando na rua, atravessando uma rua próxima à estação rodoviária - a antiga. De repente, alguém me toca o braço, e quando olho, é minha mãe. Penso que era estranho tudo aquilo, ela não deveria estar ali. Parecia bem mais jovem, e usava um suéter roxo. Estava muito bonita, o cabelo feito, magra e elegante.
Perguntei a ela o que estava fazendo ali, para onde estava indo. Ela me respondeu que estava indo comprar langerie. Me convidou para ir junto. Me senti muito feliz, mas acordei.
Sonhei que eu e minhas irmãs estávamos em uma rua, uma ladeira. Era uma rua bonita e arborizada. A gente subia a ladeira correndo (eu apreensiva que minha irmã que é cardíaca tivesse um ataque). Cantávamos e dançávamos. Estávamos muito felizes.
Eu corria, e não me sentia cansada.
Eu tinha herdado uma casa linda e enorme, e estávamos indo para lá. Não era a casa onde moro. Ela ficava em uma rua chique, cercada de pinheiros. Anoitecia.
Sonhei que uma vizinha dos nossos tempos de infância tinha falecido. Na vida real, ela está em estado vegetativo há anos. Esta vizinha teve uma grande importância para nossa família quando éramos crianças, pois nos momentos de mais necessidade, quando não tínhamos dinheiro sequer para uma ceia de natal, ela nos convidava. Ela sempre foi muito presente, e minha mãe e ela eram grandes amigas.
Eu estava em casa de minha mãe (minhas irmãs também estavam lá), e olhando para a janela do quarto desta vizinha, eu via que tudo estava quebrado, como se estivesse em obras. Pensei em quanto tempo ela passou, no final da vida, fechada naquele quarto sem poder ver, falar, andar ou ouvir, e assim que ela morreu, começaram as obras como se estivessem querendo livrar-se da presença dela.
De repente, eu vejo a minha mãe. Corro para ela chorando, e a abraço dizendo que sinto muitas saudades. Digo a ela que de manhã eu ia sair para comprar alguns presentes de natal e que adoraria se o nome dela pudesse estar na minha lista. Ela responde: "Eu estou bem, não preciso mais disso. Olhe por quem ainda está vivio." Mesmo assim, eu a abraço e choro, e ficamos conversando muito tempo (não me lembro sobre o que conversamos). Noto que minhas irmãs me olham de maneira estranha, e ao passarmos em frente a um espelho, percebo que apenas a minha imagem aparece, e não a da minha mãe.
Entendo que minhas irmãs não podem vê-la, só eu.
Minha mãe se despede de mim, dizendo que precisa ir, e que eu tenho que continuar com a vida. Ela me diz que está tudo bem. Concluo que ela deveria estar ali, não por mim, mas pela falecida vizinha. Depois que ela vai embora, eu ainda me sinto triste. Abro uma gaveta e vejo muito dinheiro dentro dela, e pego um pouco do dinheiro para comprar os presentes de natal.
Primeiro sonho: Eu estava em uma festa, e era noite. Havia um caminho ajardinado, escadas, para que os convidados pudessem chegar à festa. Não sei o motivo, eu ficava por ali olhando as pessoas que chegavam - que eram todas muito chiques e orgulhosas. As mulheres sempre perdiam um dos seus brincos, e eu os achava e devolvia a elas. Elas mal me agradeciam. Em volta do caminho, havia muitos buracos de onde, às vezes, cobras surgiam. Não tive medo delas, e elas não me atacavam, mas pareciam me vigiar. Colocavam as cabeças para fora e depois as recolhiam. Uma delas era verde.
Segundo sonho: Minha irmã estava faxinando a casa que foi de minha mãe, onde hoje mora uma de minhas irmãs. Estava pintando tudo de branco, e organizando armários e gavetas. Fiquei desconfiada do que ela estava fazendo, e porque o fazia. Mesmo assim, eu me ofereci para ajudar. Havia uma outra mulher trabalhando com ela, e quando tirei meus anéis, colares e pulseiras, colocando-os sobre uma estante, fiquei desconfiada de que ela os pegaria. Abri uma gaveta, e vi que minha irmã tinha arrumado tudo milimetricamente, inclusive sabonetes. Era tudo branco. O tempo todo, eu tinha a sensação de que ela estava planejando alguma coisa, algo errado.